quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Doce Pecado




Que se procriem em mim os santos diabos!
Que nasçam e que morram para tornar a viver
meus desejos trancados.



Pois que a noite, senhora da lascívia,
traz com ela a saudade de teu corpo,
de teu cheiro, de tua boca úmida,
ávida de beijos.



Tua língua inquieta perpassa meu íntimo,
devora minha carne, devassa minha alma.



Desliza teus dedos por minha pele!
Marca em versos nossa histó
ria!


Meu corpo é tua tábua, meu sangue tua tinta,
minha vontade tua escrava.
Teu prazer:
meu maior troféu!!!







OBS: De autoria de Alexsimas, contudo oportuna! ;)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Num estacionamento, dois olhares em movimento

Verde claro quando me dei conta de sua coloração
após concentrar as idéias e mobilizar as palavras.


Penetrantes e compenatrados ficaram quando eu
esboçava lançar um novo gesto com as mãos ou
mesmo quando eu movimentara o corpo.



Posiciono-me à sua frente. E eles se perdem por
tentar seguir, buscar, alcançar-me; a sua dinâmica já
desorientada se perdeu no que eu dizia, no que eu
fazia.


 A impressão que sucita daquele par de olhos
umedecidos pelas lágrimas que deslizaram pelo rosto
suave de menina não é de tristeza, nem de alegria,
tampouco de resignação. Mas de sentir-se mulher!

O olhar aprisiona minha atenção.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Irrecusável!

Sabe a sensação que agente sente quando está
apaixonadoª?

Aquele frio na barriga, aquela euforia interna, a
voz arrastada, a ardência que brota e que nos
surpreende subtamente, a cada movimento que
o coração grita, não de dor, de sofrimento, mas
sim pela força que o desejo imprime em nós.

Esse desenlace de um nó que sentimos esvair-se,
que externamente se expõe ao suar a ponto de
ficar debilitado: isso é vida!

Quando se diz, a partir dos poetas: que o amor
chama para vida! Ou ainda, que o amor é a vida
chamando! Não posso de modo algum esquivar-me
dessa consigna.


Quando um faminto é convidado a um banquete
farto, não duvidemos: a extinção da fome é que
é a principal bandeira à altear. Sedento por deleitar
e se deliciar com a presente fartura o esfomeado
capciosamente não exitará em esbaldar-se,
aproveitando o máximo possível, pois sabe lá Deus
quando haverá festim semelhante. 

De outro modo: ao recusarmos tal convite, perdemos
a delícia e o prazer de ao menos ter degustado e,
por conseguinte, não haverá sensação de satisfação.

O amor é essa vontade de experimentar a vida e o
ideal é que essa sensação seja diária como as nossas
refeições. Quando nego o amor, nego a paixão,
nego o prazer, nego o desejo, recuso a carne. 

Que a nossa vida seja um banquete farto de desejo,
repleto de paixão e que a sedução e o envolvimento
sejam o prelúdio e o convite ao amor.

Que seja de lamber os dedos! Que seja de lamber a
boca! Que seja irrecusável!